segunda-feira, 14 de setembro de 2009

#3 Cansaço

Este é o meu primeiro post com título e assim o é porque sinto que a redundância do cansaço passa também pelas palavras. A noite foi mal dormida e o fim de semana foi de tal forma intenso que a 2ª feira acordou pesada e a pedir que o dia fosse passado na horizontal.
Cheguei ao escritório e duas bombas assolaram a sala: o colega antigo que se despede e o colega novo que ocupa um lugar até agora familiarmente vazio. A cabeça não está a conseguir lidar com tanta informação, mas a educação e o profissionalismo pedem a atitude simpática que às vezes tanto me custa a ter. As horas vão passando e a cabeça vai crescendo. Vai crescendo a dor, o desconforto e, provavelmente, o tamanho. Ao longo do dia, as letras no computador dançam e a dor de cabeça dá lugar a um profundo estado de embriagamento. Ou melhor a dor de cabeça não dá lugar a nada, apenas se intensifica e entra em estádios jamais imagináveis.
Decido ir embora e o caminho para a casa tem hoje 200 km. Sentada no metro, tenho a certeza que não me vou conseguir levantar quando chegar à estação. Olho à volta e penso quem me irá ajudar, quem me irá arrastar para fora da carruagem. Eu própria o faço. Faltam ainda 100 km, que faço em dificuldade com a certeza de que em breve a minha cabeça vai explodir, ridicularizando qualquer efeito especial do Matrix.
Chego a casa e só tenho uma direcção: sofá. Deito-me. Estou finalmente na horizontal e sei que o pensamento matinal estava correcto: este devia ter sido o meu estado todo o dia.

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